Wilson Valentim Biasotto *
17-jun-96
No próximo dia 25 realizam-se em todos os campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul eleições para a escolha de seu dirigente máximo, o Reitor. Seis candidatos concorrem ao pleito e empenham-se em demonstrar as suas qualidades e os seus programas de trabalho. Para tanto tem havido, nos diversos campus da Universidade, debates para que os concorrentes defendam os seus princípios diretivos. Inclusive, na noite de hoje, a partir das 20:00 horas o anfiteatro do CEUD/UFMS estará com as suas portas abertas para recebê-los e ouvi-los no que têm a dizer.
Não se pode questionar a importância desses embates no meio acadêmico com a alegação de que a maioria do corpo docente já tem o seu candidato definido. Não basta o fato dos candidatos serem conhecidos há longos anos pelos docentes e funcionários, é preciso que comprometam-se publicamente com os princípios acadêmicos que nortearão os seus respectivos programas de realizações. E, além do mais, há que se considerar o fato de que não só de professores e de pessoal técnico-administrativo se faz a Universidade. Existem também os alunos, e estes, em boa parte, por terem ingressado neste ano, somente agora estão conhecendo esse complexo universo.
Os debates são portanto bem vindos. O que se deve questionar são outros pontos relativos a eleições acadêmicas, sendo que o mais importante é o que diz respeito a forma como será escolhido o reitor.
As normas estabelecidas pelo governo FHC no que concerne a escolha de reitor têm pelo menos dois pontos polêmicos. O primeiro diz respeito a constituição de uma lista tríplice a ser encaminhada ao MEC para então ser feita a escolha. Essa lista é contestada pela comunidade acadêmica que desejaria ver o candidato vencedor do pleito empossado e não o segundo, ou terceiro colocado, como pode ocorrer.
O segundo ponto concerne ao peso atribuído a cada segmento da comunidade nas eleições: o voto do segmento docente vale 70% e o dos outros dois 30%. Nesse caso o que se questiona é que a Universidade, sendo composta de três segmentos, alunos, funcionários e docentes, não poderia existir se faltasse qualquer um deles. Então por que valorizar tanto o voto do professor?
Apesar desses pontos é importante ressaltar que teremos eleições e estamos participativos, haja vista que setenta docentes do CEUD/UFMS assinaram e entregaram a todos os candidatos um documento onde está contido um verdadeiro projeto de revitalização da Universidade Federal em Dourados. Resta saber qual dos candidatos terá mais condições de comprometer-se com esse projeto.
*O autor e doutor em História Social pela
USP e professor do CEUD/UFMS
A reprodução do texto é permitida desde que citada a fonte.
VoltarSer convidada para escrever o prefácio deste livro de literatura
foi realmente muito gratificante e a deferência a mim concedida
pelo amigo, historiador e escritor Wilson Valentin Biasotto foi
recebida com surpresa e alegria
A obra ora apresentada é uma coletânea de crônicas publicadas em diversos meios de comunicação no ano de 2010. Falam, sempre com elegância e fluidez, de nossas vidas, de acontecimentos e de possíveis eventos em nosso país, especialmente em nosso município.
Abrir arquivoNossa preocupação, nesse trabalho, foi a de estudar o comportamento dos reis, no que concerne à aplicação da Justiça, baseados nas crônicas de Fernão Lopes.
Abrir arquivoO livro ora apresentado é um apanhado de 104 crônicas, algumas de 1978 e a maioria escrita a partir de 1995 até a presente data. O tema Educação compõe-se de 56 crônicas, outras 16 são relatos descrevendo fábulas ou estórias oriundas da cultura italiana, e os emas Cultura e Sociedade compreendem, cada um, 16 crônicas.
Abrir arquivoEsta obra foi editada em 2011 pela Editora da UFGD e reune 99 crônicas escritas principalmente nos últimos quinze anos, versando sobre a globalização, o neoliberalismo e política
Abrir arquivoEsse trabalho tem três objetivos principais, cada qual contemplado em uma das três partes do livro, como se verá adiante. O primeiro é oferecer ao leitor algumas reflexões sobre temas que ocupam o nosso dia-a-dia; o segundo é divulgar os vinte princípios das Cidades Educadoras e, finalmente o terceiro, é tornar público o projeto que nos orienta na transformação de Dourados em uma Cidade Educadora e mostrar os primeiros passos para a operacionalização desse projeto.
Ao refletir sobre a importância do contador de causos/narrador para a preservação da cultura, percebe-se que cada vez menos pessoas sabem como contar/narrar, com a devida competência, as experiências do cotidiano. Por quê? Para Walter Benjamin, as ações motivadoras das experiências humanas são as mais baixas e aterradoras possíveis em tempos de barbárie; as nossas experiências acabam parecendo pequenas ou insignificantes diante da miséria e da fragmentação humana, numa constatação que extrapola os espaços nacionais.
Abrir arquivoMomentos de grandes mobilizações têm teito do professorado de Mato do Sul a vanguarda do movimento sindicalista deste Estado. Este fato motivou a realização deste trabalho, que teve como proposta inicial analisar criticamente o movimento reivindicatóno do magistério de Mato Grosso do Sul, na perspectiva de revelar-lhe, tanto quanto possível, o perlil de luta, ao longo de sua palpitante trajetória em busca de melhorias salariais, estabilidade empregatícia e melhoria da qualidade do ensino.